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ABNT NBR 15526 2016 — Guia Completo instalação Internas de Gás

  • Writer: GÁS NETWORK SERVIÇOS E INSTALAÇÕES
    GÁS NETWORK SERVIÇOS E INSTALAÇÕES
  • Jun 15
  • 5 min read

A ABNT NBR 15526:2016 é a norma brasileira que estabelece os requisitos para o projeto, execução, ensaio, comissionamento e operação das redes internas de distribuição de gases combustíveis, como Gás Natural (GN) e Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), em edificações residenciais, comerciais e mistas. Esta norma é fundamental para garantir a segurança, a eficiência e a conformidade legal das instalações de gás, prevenindo riscos de vazamentos, explosões e acidentes.

ABNT 15526 - GÁS NETWORK

Objetivo e Importância da Norma

A ABNT NBR 15526:2016 tem como objetivo assegurar que as redes internas de gás sejam projetadas e executadas com critérios técnicos rigorosos, proporcionando:

  • Segurança para os usuários e para o patrimônio;

  • Durabilidade e eficiência das instalações;

  • Conformidade com normas nacionais e regulamentos das concessionárias e órgãos fiscalizadores.

A atualização da norma em 2016 trouxe avanços significativos em relação à versão anterior (2012), alinhando os requisitos técnicos às práticas internacionais e às novas tecnologias aplicáveis no setor.

Abrangência e Gases Contemplados

A norma aplica-se às redes internas de gás em:

  • Residências unifamiliares e multifamiliares (casas e edifícios);

  • Estabelecimentos comerciais e edificações de uso misto.

São contemplados os gases combustíveis:

  • Gás Natural (GN): fornecido por redes canalizadas;

  • Gás Liquefeito de Petróleo (GLP): distribuído por centrais ou botijões.

Materiais e Tubulações Permitidos

Os materiais admitidos para tubulações incluem:

  • Aço carbono: com proteção anticorrosiva quando necessário.

  • Cobre: com conexões soldadas ou mecânicas homologadas.

  • Tubos multicamadas (PEX-Al-PEX ou equivalentes): desde que homologados para gás.

Todos os materiais devem possuir resistência mecânica adequada, compatibilidade química com o gás e proteção contra corrosão e danos mecânicos.

Dispositivos de Segurança

A norma exige a instalação de dispositivos como:

  • Válvulas de bloqueio: para seccionamento da rede em pontos estratégicos.

  • Válvulas de alívio de pressão: quando a pressão de operação for superior a 150 mbar.

  • Limitadores de pressão e válvulas monitor: em redes de média e alta pressão.

  • Dispositivos contra excesso de fluxo: para interromper o fornecimento em caso de grandes vazamentos.

Abrigos de Medição e Regulagem

Os abrigos devem ser construídos com materiais não combustíveis, possuir ventilação permanente (superior e inferior) e dimensões compatíveis com os equipamentos instalados. Em edifícios, devem contar com dutos metálicos para ventilação e proteção adicional, como guarda-corpos e defensas.

Identificação e Proteção da Rede

A tubulação deve ser pintada na cor amarela e sinalizada ao longo do trajeto, com fitas de advertência em redes enterradas. Devem ser observados os afastamentos mínimos em relação a redes elétricas, hidráulicas e outros sistemas, com proteção física em locais sujeitos a impactos.

Cálculo e Dimensionamento

O dimensionamento da rede deve considerar:

  • Potência computada dos aparelhos;

  • Aplicação do fator de simultaneidade;

  • Pressão disponível e perdas de carga;

  • Vazão necessária e diâmetro adequado da tubulação.

A norma fornece tabelas e fórmulas para cálculo em baixa e média pressão, além de exemplos práticos para redes residenciais e comerciais.

Ensaios de Estanqueidade

Antes da entrada em operação, a instalação deve ser submetida a ensaio de estanqueidade com ar comprimido ou gás inerte, sob pressão mínima de 150 mbar, durante no mínimo 10 minutos, sem queda de pressão. O resultado deve ser documentado em laudo técnico com ART.

Comissionamento e Admissão de Gás

O comissionamento envolve:

  • Purga da rede com gás inerte, removendo ar e umidade;

  • Admissão gradual e controlada do gás combustível;

  • Verificação final da ausência de vazamentos.

Procedimentos de recomissionamento e descomissionamento são exigidos em caso de reformas, paralisações ou reativações da rede.

Instalação e Conversão de Aparelhos a Gás

Os aparelhos devem ser instalados conforme a ABNT NBR 13103, com registros individuais e ligação por tubos rígidos ou flexíveis metálicos certificados. A conversão entre GN e GLP deve ser feita por profissional habilitado, com emissão de laudo técnico e ART.

Casos Especiais e Anexos Normativos

A norma apresenta exemplos de prumadas, redes e abrigos ventilados, além de orientações sobre o uso de materiais e dispositivos complementares admitidos. Casos especiais (como redes em áreas sujeitas a recalque ou impacto) devem ser tratados em projeto específico, com soluções técnicas adequadas.

Conclusão

A ABNT NBR 15526:2016 é referência essencial para garantir a segurança, a eficiência e a conformidade legal das instalações internas de gás combustível. O atendimento rigoroso aos seus requisitos é responsabilidade dos projetistas, instaladores e responsáveis técnicos, e representa um compromisso com a proteção da vida, do patrimônio e do meio ambiente.



1️⃣ O que é a ABNT NBR 15526:2016 e qual sua finalidade?

A ABNT NBR 15526:2016 é a norma brasileira que define os requisitos para projeto, execução, ensaio, comissionamento e operação de redes internas de distribuição de gases combustíveis (GN e GLP) em edificações residenciais, comerciais e mistas. Seu objetivo é garantir a segurança, a eficiência e a durabilidade das instalações.

2️⃣ Quais gases combustíveis são abrangidos pela norma?

A norma aplica-se às redes internas que utilizam:

  • Gás Natural (GN): fornecido por rede canalizada.

  • Gás Liquefeito de Petróleo (GLP): fornecido por centrais ou botijões.

3️⃣ Quais materiais são permitidos para tubulação segundo a norma?

São permitidos:

  • Aço carbono (com proteção anticorrosiva quando necessário);

  • Cobre (com conexões soldadas ou mecânicas homologadas);

  • Tubos multicamadas (ex.: PEX-Al-PEX), desde que homologados para uso com gás.

Todos os materiais devem ser compatíveis com o gás utilizado e protegidos contra corrosão e danos mecânicos.

4️⃣ Quando é obrigatório realizar o ensaio de estanqueidade da rede?

O ensaio de estanqueidade é obrigatório:

  • Antes da entrada em operação de uma nova instalação.

  • Após qualquer modificação, ampliação ou reparo na rede.

  • Quando exigido por inspeções periódicas ou órgãos fiscalizadores.

5️⃣ Qual é a pressão mínima exigida para o ensaio de estanqueidade?

O ensaio deve ser realizado com pressão mínima de 150 mbar (15 kPa) ou a maior pressão prevista no projeto, utilizando ar comprimido ou gás inerte. O ensaio deve durar no mínimo 10 minutos sem queda de pressão.

6️⃣ Como devem ser os abrigos de medidores e reguladores?

Os abrigos devem:

  • Ser construídos com materiais não combustíveis.

  • Possuir ventilação permanente (superior e inferior).

  • Ter dimensões adequadas ao equipamento e permitir acesso seguro para leitura e manutenção.

7️⃣ Quais dispositivos de segurança são exigidos pela norma?

A norma exige a instalação de:

  • Válvulas de bloqueio em pontos estratégicos e em cada aparelho.

  • Válvulas de alívio de pressão em redes acima de 150 mbar.

  • Limitadores de pressão, válvulas monitor e dispositivos contra excesso de fluxo conforme o tipo de rede e pressão de operação.

8️⃣ A conversão de aparelhos entre GN e GLP é permitida?

Sim, desde que realizada por profissional habilitado, com uso de kit homologado pelo fabricante, emissão de laudo técnico e ART. O aparelho convertido deve ser identificado com etiqueta do tipo de gás.

9️⃣ O que a norma estabelece sobre a proteção e sinalização das redes?

As tubulações devem ser pintadas de amarelo e sinalizadas ao longo do percurso, especialmente em mudanças de direção e passagens por elementos construtivos. Redes enterradas devem ter fita de advertência acima da tubulação.

🔟 Quais documentos devem acompanhar o projeto e execução da rede?

Devem compor o dossiê técnico da instalação:

  • Projeto e memoriais descritivos.

  • Cálculos de dimensionamento e fator de simultaneidade.

  • Laudos de ensaio de estanqueidade e comissionamento.

  • ART do responsável técnico.

  • Plantas e esquemas atualizados da rede.


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